A reunião da infinidade de matérias que me compõe... marcada por um dia especial ou por vários que acrescem ao primeiro ou ao anterior. Apelando muitas vezes às alegorias que idealizo, encontro um contínuo de metamorfoses que definem aquilo a que dou existência.
28 fevereiro 2010
25 fevereiro 2010
Vermelho
Vestindo uma camisola vermelha
alguém come uma maçã vermelha
e mira uma fotografia numa moldura vermelha
Ouve-se uma melodia ao fundo
e as folhas das palmeiras que se agitam lá fora.
Tenho frio.
Tenho sono.
Tenho a cabeça pesada.
Tenho vontade de voltar para o meu ninho preto e vermelho,
voltar a sonhar,
voltar às profundezas da minha inconsciência.
Tenho vontade de comer chocolate
beber chocolate
cheirar chocolate
e, no fim,
beber um enorme café,
sair de carro e ver o mar,
pisar a areia com os pés descalços
e sentir a água gelada do oceano resfriar-me as entranhas...
alguém come uma maçã vermelha
e mira uma fotografia numa moldura vermelha
Ouve-se uma melodia ao fundo
e as folhas das palmeiras que se agitam lá fora.
Tenho frio.
Tenho sono.
Tenho a cabeça pesada.
Tenho vontade de voltar para o meu ninho preto e vermelho,
voltar a sonhar,
voltar às profundezas da minha inconsciência.
Tenho vontade de comer chocolate
beber chocolate
cheirar chocolate
e, no fim,
beber um enorme café,
sair de carro e ver o mar,
pisar a areia com os pés descalços
e sentir a água gelada do oceano resfriar-me as entranhas...
19 fevereiro 2010
17 fevereiro 2010
10 fevereiro 2010
Resignação
Vou deixar de ver as luzes da cidade, de percorrer estes caminhos à chuva e ao sol, à noite e de dia, com e sem vento.
O cheiro dos cedros húmidos vai deixar de fazer parte da minha caminhada do dia-a-dia.
Vou deixar de olhar para as janelas de um edifício com tanta e tão pouca vida, onde outrora muitas foram as sinapses que voavam pelo meu espírito.
Vou deixar de dar as saborosas gargalhadas junto daqueles que me mostraram, nas suas vicissitudes, a plenitude de comunhão do trabalho em equipa.
Vou deixar de me sentir cansada à 6ª feira pela produtividade dos meus dias semanais; de chegar ao fim do mês e me sentir recompensada pelo trabalho desenvolvido!
Vou deixar de...
E só agora caio efectivamente em mim, ao deixar que os olhos se me encham de água!
Foram várias as viagens percorridas, várias as memórias que evoquei, várias as sensações que de mim se apoderam.
Mas... é certo este meu fim. Certo. Concreto e sabido. Tanto ou tão pouco que nunca me atormentou, senão agora, senão há 3 dias quando se me invadiu a dúvida do futuro.
Questiono?
Sim. Claro que sim!
Não terei eu outras chances que não a redução àquela dolorosa colmeia de abelhas onde o mel que se produz não é de consumo imediato, nem tão pouco directo, nem tão pouco produzido pelas mentes perversas que povoam aquele ninho?
Resigno-me, pois é essa a minha condição por ora. Não há senão esta forma de me encarar, de encarar esta faceta da minha vida.
Fecha-se mais um capítulo neste livro. Vira-se uma página, depois de pousar a caneta já cansada de produzir.
Há vários objectivos para este ano. Talvez seja tempo de os pôr em andamento. Alguns possíveis (parece-me), outros nem tanto.
E, de repente, apetecia-me ver o mar. Encher os pulmões de ar e respirar aquela brisa salgada e fresca, capaz de fazer movimentar as células mais preguiçosas do meu teimoso metabolismo.
E resigno-me. Resigno-me com a ideia de que o amanhã será, pelo menos, tão bom como o hoje, simplesmente porque amo e sou amada e apenas a isso devo dar importância. Apenas a isso devo atribuir mérito e certeza.
E vendo esta noite entrar pela janela, resigno-me a isso mesmo: à noite que me traz ao meu meu amor.
O cheiro dos cedros húmidos vai deixar de fazer parte da minha caminhada do dia-a-dia.
Vou deixar de olhar para as janelas de um edifício com tanta e tão pouca vida, onde outrora muitas foram as sinapses que voavam pelo meu espírito.
Vou deixar de dar as saborosas gargalhadas junto daqueles que me mostraram, nas suas vicissitudes, a plenitude de comunhão do trabalho em equipa.
Vou deixar de me sentir cansada à 6ª feira pela produtividade dos meus dias semanais; de chegar ao fim do mês e me sentir recompensada pelo trabalho desenvolvido!
Vou deixar de...
E só agora caio efectivamente em mim, ao deixar que os olhos se me encham de água!
Foram várias as viagens percorridas, várias as memórias que evoquei, várias as sensações que de mim se apoderam.
Mas... é certo este meu fim. Certo. Concreto e sabido. Tanto ou tão pouco que nunca me atormentou, senão agora, senão há 3 dias quando se me invadiu a dúvida do futuro.
Questiono?
Sim. Claro que sim!
Não terei eu outras chances que não a redução àquela dolorosa colmeia de abelhas onde o mel que se produz não é de consumo imediato, nem tão pouco directo, nem tão pouco produzido pelas mentes perversas que povoam aquele ninho?
Resigno-me, pois é essa a minha condição por ora. Não há senão esta forma de me encarar, de encarar esta faceta da minha vida.
Fecha-se mais um capítulo neste livro. Vira-se uma página, depois de pousar a caneta já cansada de produzir.
Há vários objectivos para este ano. Talvez seja tempo de os pôr em andamento. Alguns possíveis (parece-me), outros nem tanto.
E, de repente, apetecia-me ver o mar. Encher os pulmões de ar e respirar aquela brisa salgada e fresca, capaz de fazer movimentar as células mais preguiçosas do meu teimoso metabolismo.
E resigno-me. Resigno-me com a ideia de que o amanhã será, pelo menos, tão bom como o hoje, simplesmente porque amo e sou amada e apenas a isso devo dar importância. Apenas a isso devo atribuir mérito e certeza.
E vendo esta noite entrar pela janela, resigno-me a isso mesmo: à noite que me traz ao meu meu amor.
08 fevereiro 2010
06 fevereiro 2010
O ano do pensamento mágico
Violento
Doloroso
Interessante
Infeliz
Dramático
Mórbido
Educativo
... de partilha
Incapacidade
Magia...
curiosamente peculiar na sua essência!
de uma extraordinária capacidade de interacção com as nossas entranhas...
in http://www.tnsj.pt/home/images/show/189/O%20Ano%20do%20Pensamento%20M%C3%A1gico%20Landscape_620-340.jpg
A idade é, efectivamente, um posto!
Belíssima representação e capacidade de exposição.
Sentada num cadeirão, rodeada de nada, surge uma senhora que partilha com tantas e tantos outros a sua condição humana e nos obriga a reflectir sobre nós mesmos e os outros; a nossa capacidade de amar e de ser com os que nos rodeiam. Felicidade, amor, dúvida, tristeza, ansiedade, aceitação, são palavras que nos assolam a todo o momento. E ai de nós se não as incluímos no nosso dicionário de vivências.
Uma partilha e tanto, um levantar de véu estrondosamente perfeito e eis que surge mais uma descoberta!
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