17 janeiro 2007

O desespero é grande!

O desespero é grande!
A invasão maior.
Parece que o pouco tempo que se viveu é horrivelmente pilhado, caçado e transformado em dor.
Como seriam todas as invasões que se recordam da História que estudámos na escola? Como foram as grandes conquistas levadas a efeito por 'grandes senhores' saqueadores de bens e de vidas? Como são as actuais invasões? Que dores? Que medos?
De um momento para o outro senti-me despojada de tudo, até de mim mesma, como se tivessem passado por mim e me tivessem tirado aquilo que me compõe, a mais pequenina célula de vida que em mim se encerra.
Deixei de ter identidade aos olhos dos outros - talvez não de mim, porque (apesar de pouco) conheço-me minimamente -, deixei de ter terra, casa, pais, saúde... deixei de...
Mantenho alguém a meu lado que me acalma e me ajuda a equilibrar o barco que balança a toda a hora.
Ainda nada está decidido.
Liga-se insistentemente para os serviços consulares e, entretanto, o número que a polícia nos havia dado aquando da denúncia estava errado.

Mais uma dor de cabeça.

O desespero aumenta.

Estou fora do meu país de origem e o vôo de regresso está marcado para daqui a 2 dias. A incerteza é uma constante no meu espírito e nada parece funcionar!
Não há telefones pessoais.
Intudo é o que sou/estou: incontactável, incerta, inconstante... A única coisa positiva é que estou inteira, viva (mal vivente, mas viva) e com a minha metade ao meu lado.

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