A reunião da infinidade de matérias que me compõe... marcada por um dia especial ou por vários que acrescem ao primeiro ou ao anterior. Apelando muitas vezes às alegorias que idealizo, encontro um contínuo de metamorfoses que definem aquilo a que dou existência.
04 novembro 2006
Recordo a chuva...
Estou sentada no sofá a ouvir a chuva que cai lá fora.
Miro a rua molhada e as folhas que se agitam com a brisa que se mistura com as gotas de chuva.
Há umas quantas gotas que teimam em cair num qualquer objecto que emana um som metálico. Parece uma lata que se perdeu num jardim repleto de árvores e de folhas caídas.
As raízes começam agora a agradecer a chuva que cai e as alimenta, compensando o quente Verão que se fez sentir.
Há muito que não saboreava este cheiro da chuva...
Já lá vão uns meses!
Às vezes tenho saudades de ouvir a chuva na varanda fellbachiana... O tempo era tão diferente... Voava quando menos se esperava e parava quando menos era preciso...
Tudo tem um sabor diferente agora, até o tempo que não passo comigo!
Queria poder olhar para a frente e fazer exactamente o mesmo; queria poder sair à chuva sem que isso me afectasse física ou psicologicamente; queria poder sentar-me numa esplanada repleta de gente, onde reinava a paz e a traquilidade, poder escrever sem ser olhada como uma louca estranha que coitada, está sozinha!!! Queria ter o mesmo horário; queria dormir até tarde e saborear aquilo que o dia me dava...
Mas queria ter-te ao meu lado, sem pensar que teríamos de nos despedir 48horas depois, sem pensar que estaríamos os 2 meses seguintes afastados um do outro.
É tão difícil aceitar a nossa condição. É tão difícil aceitar que a vida é mesmo assim e somos nós que temos que nos sujeitar àquilo que ela nos reserva...
Quero mais!!! Muito mais...
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